Hora do Som Eterno: A hora do metal nacional na Warfare

Confira a playlist da emissão desta semana.

Somo Eterno: Temos novo nome e nova morada

Webzine e rede social: O culto ao Metal.

Smooth Comforts False: Primeiras Impressões

O Ep "Secret" e o álbum "Metaphortime" colocaram a bitola de expectativas para o segundo álbum dos Thee Orakle muito alta...

20 de setembro de 2011

No Tribe na Casa da Cultura de Mira Sintra

Os No Tribe vão actuar no dia 25 do corrente na Casa da Cultura de Mira Sintra. A actuação tem inicio previsto para as 17 horas. A entrada é gratis.

Mais informações em www.notribe.tk ou no evento do facebook.

19 de setembro de 2011

A tua escuridão

Escrito ao som de Cradle Of Filth:

Na noite, caminho e,
ouço os teus suspiros,
enquanto sofres.

Uma a uma,
toco as estrelas e,
roubo-lhes o brilho.

Vejo,
todos os teus sonhos e,
pesadelos.

Ouço,
todas as tuas juras,
que irão ser
quebradas.

Eu sou a sombra,
que nasceu
dentro, de ti.

Eu sou o fluido,
que se alimenta,
da tua alma.

Bebo as tuas lágrimas,
néctar de dor,
doceamargo.

Sou a pontada,
no peito,
o nó,
na garganta,
a voz muda,
os tremores e
os suores.

Sou o teu medo.

Olhas-te ao espelho e,
vês-me.

Somos uno!

Percorro,
as tuas veias,
navego,
nos teus pensamentos,
atiro-te ao chão.

Enquanto rastejas,
na vida,
eu domino.

Na noite, caminho
eu sou,
o fluido da tua morte.

Angélika

15 de setembro de 2011

Assassiner: Gravações com novo elemento

Os Assassiner avançar para o seu álbum de estreia com um novo elemento. Trata-se do baterista Miguel Brandão, musico reconhecido pela passagem em projectos como Web, Agnosia, Fearstomb e Hybrid Corp.

Quanto ao álbum, que sucede ao excelente Ep “Other Theories of Crime”, a banda inicia gravações em Outubro nos UltraSound Studios em Braga sob a orientação de Pedro Mendes.

Ary, guitarrista e fundador do projecto, dá voz ao ambiente vivido na banda: “Decidimos levar ainda mais além a habitual incorporação elementos estranhos ao Metal. A orientação musical do novo lançamento será substancialmente diferente de tudo o que já gravamos juntos até hoje. Apesar de alguns temas já estarem compostos antes da sua entrada, a contribuição do Miguel nos arranjos finais e mesmo composição foi essencial, decisiva e motivadora. A segurança que transmite permitiu-nos explorar ainda mais os nossos limites enquanto Power-Trio."

Sons e informação adicional: Myspace / Facebook

14 de setembro de 2011

Nova colaboradora: Angélka apresenta-se!

Olá a todos os nossos leitores,

A partir de hoje serei mais uma colaboradora desta zine!

Há muitos anos que o metal é uma importante faceta da minha vida, mas apenas como ouvinte; a minha queda não era para a música - e tentei - mas antes para a escrita.
Adoro escrever e sempre que escrevo - uma crónica, uma crítica, um conto, um poema... todos têm algo em comum: eu (que os escrevo) e o som de fundo, que é sempre o nosso METAL!

Espero que gostem do que aí vem!
Portem-se mal!!!

Angélika

13 de setembro de 2011

Anomally ao vivo


Anomally

Os Anomally estarão presentes no “Concerto Fim de Férias” a realizar no próximo dia 17 de Setembro pelas 22h30 no Porto Pipas em Angra do Heroísmo. Este é um evento organizado pela Culturangra EEM.

Entretanto, no dia 24 de Setembro será a vez de regressar ao palco do Teatro Micaelense em Ponta Delgada desta feita para participar no Live Summer Fest 2011 onde irão partilhar o palco com a banda canadiana Threat Signal e ainda os portugueses Tarantula.

Malevolence: Detalhes de novo álbum

Carlos Cariano
Com origens em 1994, Malevolence é um nome bem familiar para quem os seguidores do meio de peso lusitano muito por culpa dos excelentes álbuns “Dominium” e “Martyrialized” que marcaram o metal nacional na década de 90.

Estranhamente a banda entrou em período de “hibernação” até 2010 altura que retomou actividades contando com uma formação base que conta com. Carlos Cariano (Voz/Guitarra), Aires Pereira (baixo, actual músico de sessão dos Moonspell) e Marcelo Costa (guitarra). Nas actuações ao vivo a banda conta com os préstimos de André Silva (Corpus Christii e Therionmorphic) na bateria.

A banda prepara-se para gravar o seu terceiro disco de originais em que deverá contar com a colaboração de um prestigiado músico ainda por divulgar. Quanto ao disco, que deverá ser o mais pesado da banda, este vai contar com a produção de V. Santura (Triptykon/Dark Fortress) que sobre esta colaboração afirma estar “muito satisfeito e honrado por trabalhar com os Malevolence, uma das melhores e mais estabelecidas bandas de metal extremo de Portugal.  Acredito que teremos pela frente diversas sessões de criatividade altamente desafiadoras

As gravações finais do disco, assim como a mistura e masterização do terceiro álbum da banda serão realizadas nos estúdios Woodshed na Alemanha, provisoriamente agendadas, para meados de 2012. As expectativas em torno da banda são elevadas e aspalavras de Carlos Cariano deixam entender bem isso. “Numa era em que as pessoas estão a perder a sanidade nós estamos a concentrar-nos dez vezes mais em gerar e realizar uma pura dose de metal extremo vindo da nossa paixão interior e contra todos os derrotistas. Não é apenas para nós ou apenas para as hostes Portuguesas; é para todos os que a nível mundial constantemente se recusam a seguir os moldes pré-definidos. A razão pela qual optamos pelo V. Santura para trabalhar connosco em todos os detalhes desta amálgama sonora deve-se ao facto deste homem conseguir transmitir paixão e uma qualidade artística bastante orgânica em tudo o que executa”.

No seio da banda existe a noção que não será fácil superar “Martyrialized”. V. Santura corrobora com a leitura, “seriamente considero o Fredrik Nordstrom (Fredman Studios) como um dos melhores produtores na música metal, por conseguinte realizar este álbum em conjunto com Malevolence é de um interesse extremo e notável em todos os níveis assim como um grande desafio em termos de trabalho para ser superado”. No entanto, nada melhor do que as palavras da própria banda para melhor exprimir o sentimento do grupo. “Temos sido constantemente questionados ao longo dos últimos anos em como iremos superar o Martyrialized. Na realidade todos nós sentimos a mesma intensidade e o magnetismo irresistível desse álbum, quer agora em 2011, quer quando o realizámos em 1999. De qualquer forma não nos vamos comprometer em circunstância alguma a qualquer tipo de pressão. Como banda sentimos que fazem falta álbuns distintos e fora do paradigma actual, isto é exactamente o que as hostes podem esperar do nosso próximo passo, portanto estejam atentos para a nossa monstruosidade metálica

Sons e informação adicional: Site Oficial / Myspace / Facebook

11 de setembro de 2011

Danças extremas


Texto redigido ao abrigo do Novo Acordo Ortográfico

É todo um original conceito artístico que, apesar de aparentemente novo, comemora uma década já em 2012: espetáculos de Bailado coreografados sobre canções de Metal, numa salutar lógica de abolição de regras e dogmas instituídos entre formas de arte distintas mas complementares em dado contexto. A ideia institucionalizou-se definitivamente com os norte-americanos Laura Kowalewski e Andrew Carpenter (que tive oportunidade de entrevistar há alguns aos para o blogue “Metal Incandescente”), fundadores da companhia nova-iorquina Ballet Deviare em 2003.*

O projeto, sem fins lucrativos, assenta no puro amor às artes e sobrevive corajosa e nem sempre facilmente do apoio de donativos particulares, mecenato e voluntariado, tendo como objetivo primordial expandir as fronteiras do Ballet ao mesmo tempo que legitima o Metal enquanto forma criativa abrangente, passível de cruzamento com outras artes performativas.

A companhia já realizou sete produções baseando as suas coreografias em temas de bandas extremas como Opeth, My Dying Bride, Swallow the Sun, Mara's Torment, Japanische Kampfhörspiele, Celestiial ou Arsis, pertencentes aos universos musicais do Grindcore, Death ou Doom Metal. São essas produções “Lightning the Dark”, “VII (Seven)”, “Forged”, “Memento Mori”, suporte para os Opeth na Town Hall (Nova-iorque), “Sharts” (uma demonstração / clip realizada para o programa da MTV2 com o mesmo nome ) e a mais recente, “Disconsolate”, uma arrojada curta-metragem de dança experimental.

Com este projeto, Kowalewski e Carpenter (codiretores da companhia, sendo a primeira também a coreógrafa de serviço), levaram novos e atípicos públicos aos seus espetáculos. Jovens metaleiros que de outra forma nunca se interessariam por Ballet marcam presença nas atuações; amantes do Ballet atraídos pela originalidade do conceito também não faltam.

Diferentes gerações e estratos socioculturais acorrem às produções do Ballet Deviare, embora, segundo Carpenter, o público conservador seja o mais resistente, “o que se deve, sem dúvida, aos dogmas particularmente austeros e conformistas que regem o universo da dança, em especial o Ballet”. Laura Kowalewski não duvida que “os fãs de Metal são bastante recetivos ao conceito e apoiam-nos. Aliás, sem surpresa, a comunidade metálica foi, de longe, mais recetiva que a do bailado”. De qualquer forma, Kowalewski e Carpenter geraram um fenómeno, permitindo que indivíduos com gostos musicais e artísticos antagónicos partilhassem as mesmas salas de espetáculos.

O êxito da companhia deve-se não só ao arrojo e originalidade do conceito mas também ao trabalho árduo e à intransigente exigência de qualidade musical e artística. Por isso, todos os artistas Ballet Deviare possuem treino clássico. Mas será difícil coreografar espetáculos de dança sobre temas Metal? Não, segundo Kowalewski, para quem este “é um género de música que apresenta características semelhantes às da composição clássica: o fraseado, a melodia, etc.”

Contudo, não é fácil levar a palco as bandas criadoras dos temas que inspiram os responsáveis da companhia Ballet Deviare, embora a produção “Seven (VII)” haja tido a participação ao vivo de Eayal Levi, guitarrista dos Daath; e de James Malone, vocalista e guitarrista dos Arsis, que interpretaram «A Diamond for Disease» sobre uma gravação de bateria.

Em Portugal, também os inevitáveis Moonspell, nas pessoas de Fernando Ribeiro e Pedro paixão criaram música para um projeto análogo, intitulado “Quase”, coreografado por Rui Lopes Graça e estreado pelo Ballet Gulbenkian em janeiro de 2005. Lopes Graça já havia trabalhado com Ribeiro na peça “Antídoto” (derivada do álbum “Antidote, dos Moonspell, e do livro “Antídoto”, de José Luís Peixoto, que acompanhou o disco).

Nenhuma destas produções, baseadas no mais puro profissionalismo, se relaciona com as coreografias azeiteiras e ridículas na sua originalidade forçada e descontextualizada com que algumas bandas de Black / Gothic Metal (principalmente mas não só) resolveram brindar o público a partir do final da primeira metade dos anos 90, apresentando uma ou duas bailarinas em palco, cujas coreografias absurdas destoavam completamente da música, gerando resultados de um mau gosto inenarrável. E se o faziam meramente para atrair mais público ansioso por ver as meninas a abanarem-se, duvido muito que hajam alcançado o objetivo. Custa-me a crer que houvesse fãs suficientemente influenciáveis ao ponto de comprar ingressos para ver as bailarinas e não os grupos.

Já nos anos 00 houve mesmo quem levasse o mau gosto ao extremo, recorrendo a freakshows de bailarinas que, na sua obesidade mórbida, exibiam as mamas descaídas num espetáculo para-grotesco. Mesmo os Destruction, no Wacken 2007, recorreram aos serviços de duas cheerleaders que pretensamente animavam as hostes enquanto o grupo debitava o seu poderoso Thrash. Era mesmo necessário?

Numa linha distinta mas igualmente original, os californianos Flametal, fundados pelo guitarrista Benjamin Woods, praticam uma irresistível fusão de Metal com Flamenco nos dois álbuns já publicados, The Elder e Heavy Mellows. Também entrevistado por mim há alguns anos no âmbito do blogue “Metal Incandescente”, o grupo afirma que mais do que tocar Metal esforça-se por “entreter o público. O Flamenco é mais do que apenas música, é arte, daí a nossa paixão pelo género. As histórias de terror que envolvem a nossa música podem ser retratadas através da dança, sedutora e obscura (…). O que fazemos em palco não é uma peça de teatro ou uma ópera, é um espetáculo de Metal mais extravagente do que é hábito.”

Segundo Woods, “as reações têm sido incrivelmente positivas, na sua esmagadora maioria. Alguns fãs nossos nunca haviam sido expostos ao Metal ou ao Flamenco, portanto alargaram os horizontes. No entanto, recebemos alguns comentários negativos, do género "dança no Metal não lembra a ninguém. Hilariante, não é?”. Com efeito, haverá sempre gente cujos horizontes limitados lhes impossibilitam a descoberta e o usufruto de novas e aprazíveis formas de arte. Mas que essas formas e respetivos criadores / intérpretes se baseiem exclusivamente na pertinência das mesmas para as tornar reais, impregnando-as de um intransigente profissionalismo. De outra forma não valerão a pena, tornando-se peças banais, vazias, brejeiras, sem requinte, à semelhança de alguns exemplos enunciados neste texto. Raramente o caminho mais fácil é o melhor.

Dico

* Já entre 15 de fevereiro e 1 de março do ano anterior 30 bailarinos da Swedish Royal Ballet haviam acompanhado os Entombed na terceira e última parte de cada uma das oito representações do espetáculo “Unreal Estate” no Royal Opera Hall, em Estocolmo, na Suécia, para o qual a banda compôs 45 minutos de música exclusiva. Gravações desses espetáculos resultaram no álbum ao vivo Unreal Estate. No entanto, a verdadeira estreia do espetáculo, coreografado por Bogdan Szyber e Carina Reich, aconteceu a 14 de fevereiro de 2002 no evento de atribuição dos Grammys suecos, com transmissão em direto pela cadeia televisiva local TV4.

Dutch Doom Days

Já cá tínhamos referido a participação dos A Dream of Poe na edição deste ano do Dutch Doom Days. Deixamos agora o cartaz do evento:

Mártires Do Gaia em Peso


"Mártires Do Gaia em Peso" é  uma iniciativa englobada no programa de True Spirit´s Alive "Rumando a Década" e será realizado entre os dias 17 e 18 de Setembro de 2011, no Café M.L. na Cedofeita, Porto.

O evento, que será realizado a partir das 16h até ás 02h no dia 17 e entre as 16h e as 21h do dia 18, servirá como apresentação de algumas bandas que estarão presentes no Festival de Bandas Amadoras VIII Gaia em Peso e contará com o seguinte programa.

Dia 17

17:00- Necropleasure
18:00- Soul of Anubis
19:00- Destruction Eve

DIA 18

17:00- Metalheads
18:00- Revtend
19:00- M.O.R.G.

Entradas: € 3,00/dia ou € 5,00/passe 2 dias

Reservas e informação adicional: truespiritsalive@gmail.com ou 916281178