Hora do Som Eterno: A hora do metal nacional na Warfare

Confira a playlist da emissão desta semana.

Somo Eterno: Temos novo nome e nova morada

Webzine e rede social: O culto ao Metal.

Smooth Comforts False: Primeiras Impressões

O Ep "Secret" e o álbum "Metaphortime" colocaram a bitola de expectativas para o segundo álbum dos Thee Orakle muito alta...

29 de dezembro de 2010

Nota do editor

Como o leitor já terá reparado, o ritmo de publicações no último mês tem sido mais baixo. Tratam-se de dificuldades cíclicas por imperativos de ordem profissional. Assim, conto já no próximo mês retomar o ritmo que tem sido uma das imagens de marca deste espaço.


A finalizar, deixo os meus sinceros votos de continuação de boas festas e de um bom 2011, com muita e boa música.

António Sérgio - A voz eterna

Dico
Locutor e realizador de rádio, DJ, editor discográfico, produtor, especialista e divulgador musical, António Sérgio marcou para sempre a rádio portuguesa. A sua enorme honestidade, ampla cultura, carisma inigualável, profissionalismo irrepreensível e genuína paixão pela música influenciaram milhares. Eis a minha merecida homenagem ao Mestre pouco tempo após se ter assinalado o primeiro aniversário sobre a sua morte.

Quando me propus redigir este artigo sabia que seria tudo menos fácil, não só pela enorme responsabilidade que constitui escrever sobre tão mítica figura da rádio e da música em Portugal como foi o António Sérgio mas também pela emotividade que semelhante tarefa representa para mim. Nunca se poderá avaliar com exactidão e justiça a verdadeira influência do radialista na formação musical de sucessivas gerações de melómanos ao longo das quatro décadas que dominou o microfone, mas uma coisa é certa: o seu impacto foi monumental!

Por muitos conhecido essencialmente por ter realizado o famoso programa “Som da Frente” (dedicado à New Wave e à Pop) entre 1982 e 1993, António Sérgio constitui no entanto uma referência incontornável para os fãs nacionais de Metal, que durante quase dez anos, entre 1983 e 1993, ouviram religiosamente na Rádio Comercial, aos sábados à tarde entre as 16h e as 18h, as novidades do Som Eterno.

As Sete Vidas do Heavy Metal

Dedicado ao Hard Rock e a todas as variantes do Heavy Metal, o “Lança-chamas” estreou-se a 23 de Outubro de 1983, apenas com uma hora de emissão. Contudo, o impressionante carisma de Sérgio, o seu magnífico “vozeirão”, a escassez de programas do género, a inusitada coragem de fazer um programa deste cariz a nível nacional e a falta de informação (na época não existia Internet nem revistas da especialidade) asseguraram êxito imediato ao projecto que, a pedido dos fãs, rapidamente se estendeu a duas horas de emissão.

Fui um dos muitos milhares de bafejados pela sorte de “frequentar” a “universidade de Heavy Metal” que era o “Lança-Chamas”, tendo absorvido semanalmente cada minuto da “aula” do “professor António Sérgio” com avidez e paixão. Sim, o “Lança-Chamas” era uma verdadeira escola no sentido mais amplo do termo, tal a quantidade e qualidade musical e informativa que nele se descobria.

Aliás, o trabalho de António Sérgio influenciaria não só a formação de um apreciável número de bandas, fanzines, clubes de fãs e outros projectos relacionados, mas também a criação de inúmeros programas de autor em pleno boom das rádios pirata e locais (escola de várias referências actuais do éter nacional), impulsionando directamente e de forma significativa o desenvolvimento do Underground metálico português dos anos 80. [Em 1986, profundamente influenciado pelo António Sérgio e o seu “Lança-chamas”, este vosso escriba chegou a prestar provas, sem êxito, numa rádio pirata sedeada na cave do Centro Comercial do Lumiar, em Lisboa, com um projecto de programa de autor intitulado “O Som do Metal”.]

Ouvir o “Lança-Chamas” aos sábados à tarde entre as 16h e as 18h era um ritual, um acto religioso. A partir das 15h55 preparavam-se as cassetes, preferencialmente de crómio, para assegurar a melhor qualidade sonora possível (havia que reservar uma suplente para que não se perdesse um só momento do programa).

Às 15h59 já a cassete aguardava no deck da aparelhagem o início do “Lança-Chamas”. Os botões “play”, “rec” e “pause” ficavam pressionados, aguardando os primeiros acordes do fabuloso «Eruption» (muitos anos mais tarde substituído por «Heading Out the Higway», dos Judas Priest), que em 1978 lançara os Van Halen e especialmente o guitarrista Eddie para a estratosfera da fama. Não havia melhor tema para genérico do programa. Ouvir aquele 1’42” de puro virtuosismo arrepiava-nos da cabeça ao pés (ainda hoje o faz), mergulhando-nos bem fundo no maravilhoso universo do Heavy Metal. Findo o genérico soltava-se o botão “pause” e entrávamos noutra dimensão, sob o mote “As Sete Vidas do Heavy Metal”.

Gravávamos todo o programa e ouvíamo-lo vezes sem conta. Obviamente reproduzíamo-lo para os amigos, que repetiam o ritual ad aeternum, impulsionando o fenómeno do tape-tradding em Portugal a uma velocidade vertiginosa. A voz do Sérgio também era gravada. Fazê-lo não era perder espaço na cassete, era ganhar em paixão. Cada sílaba, cada frase era voluptuosamente assimilada. Ouvir com atenção aquela voz quase hipnótica, potentíssima, “quente”, “cheia” e envolvente transmitia-nos uma sensação de poder, de excitação, fazendo-nos sonhar em possuir semelhante dom.

Era no “Lança-Chamas” que ouvíamos em primeira mão os mais recentes álbuns das maiores bandas internacionais, que descobríamos novos e excitantes subgéneros, que ouvíamos os grupos emergentes, que ficávamos a par das principais novidades do Som Eterno ou que tínhamos conhecimento da visita a Portugal da nossa banda favorita, numa altura em que havia um espectáculo de grupos estrangeiros a cada dois anos, anualmente ou, com muita sorte, de seis em seis meses.

Nessa época dourada que foram os anos 80 o António Sérgio deu-nos a conhecer centenas ou milhares de bandas cujos discos eram ansiosamente procurados nas discotecas nacionais de referência, com destaque em Lisboa para a Motor (mais tarde Bimotor), situada nos Restauradores e considerada a catedral discográfica do Som Eterno na altura. Aí se adquiriam bilhetes para concertos, LP’s, EP’s e singles, cassetes, demo-tapes, fanzines e newsletters, estando os projectos nacionais sempre devidamente representados, numa era em que os discos do género Made in Portugal se resumiam aos dedos de uma mão.

Aliás, o “Lança-Chamas” não esquecia o Underground. Com o ingresso de Paulo “Scorp” Fernandes (vocalista dos Cruise, que chegaram a gravar um single e a abrir o concerto de Gary Moore a 13 de Maio de 1987 no Dramático de Cascais) e Gustavo Vidal (presidente do clube de fãs Heavy Metal Zombies Paranoid e responsável da fanzine “Renascimento do Metal”) na equipa do programa (António Freitas também havia de por lá passar, como assistente do Mestre no final dos anos 80), os headbangers passaram a conhecer as mais recentes bandas e fanzines portuguesas, os clubes de fãs, os concertos ou as matinés de domingo no mítico Rock Rendez Vous (em que havia concertos nalgumas semanas e passagem de música com transmissão de clips da MTV noutras).

Foi através do “Lança-Chamas” que inúmeros fãs conheceram os Alkateya, Tarântula, Ramp, Vasco da Gama, Cruise, Xeque-mate, Tao, Satan’s Saints, Thormentor, The Coven, Ramp, Braindead, Massacre, V12, Sepulcro, Jarojoupe, Black Cross, Enforce e tantos outros grupos nacionais que de uma forma ou de outra estiveram na génese do Metal português. Foi igualmente no programa que os meus dois primeiros grupos – os Paranóia e os Dinosaur – se estrearam no éter, daí o “Lança-Chamas” ser triplamente importante para mim, bem como para centenas de outros músicos nacionais.
Contudo, apesar do enorme êxito alcançado, nos últimos anos de emissão a direcção da Rádio Comercial tenta por diversas vezes encerrar o programa. Indignados, os milhares de fãs respondiam massivamente com cartas de protesto, mantendo o “Lança-chamas” no ar. Até que, no início dos anos 90, a privatização da emissora acaba mesmo por ditar o fim do programa, que passa a ser realizado na Rádio Energia por um breve período até encerrar definitivamente, deixando uma lacuna impossível de preencher no meio radiofónico metálico em Portugal.

Infelizmente, nunca poderemos agradecer o suficiente ao António Sérgio por ter enriquecido as nossas vidas de uma forma tão intensa, apaixonada, marcante e definitiva. Mas continuaremos, para todo o sempre, a ouvir ecoar a sua voz nas nossas mentes e corações. Esta é a minha sentida maneira de o fazer. Muito obrigado e até sempre, Amigo!

PS:

A 14 de Janeiro realiza-se no Cinema São Jorge, em Lisboa, um concerto de homenagem a António Sérgio. Notícia alargada em Diario Digital

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Biografia de um ícone

António Sérgio © Rita Carmo


António Sérgio Correia Ferrão nasce na cidade angolana de Benguela a 14 de janeiro de 1950. Os pais, locutores do Rádio Clube do Bié, incutem-lhe desde muito cedo a cultura radiofónica. Em 1968, já em Lisboa, António Sérgio estreia-se na Rádio Renascença. Coapresenta com a mãe os programas “Encontro para Dois” e o mítico “Quando o Telefone Toca”.
Rebelde e inconformista, vê nos programas de autor a mais eficaz forma de expressão e divulgação da cultura musical que na época escapava aos portugueses. Em 1976 cria o programa “Rotação”, que apresenta até 1979, sendo pioneiro na divulgação em Portugal de inúmeros grupos e artistas a solo internacionais de primeira linha. Torna-se conhecido também pela sua voz forte, potente, bem colocada e aprazível.

Sempre na vanguarda do que de melhor e mais recente se fazia no Rock, na New Wave, na Pop, no Punk ou no Heavy Metal mundiais, a partir de 1980 António Sérgio realiza e apresenta na RDP - Rádio Comercial os programas “Rolls Rock”, entre 1980 e 1982; “Som da Frente”, de 1982 a 1993; “Louras, Ruivas e Morenas”, em 1984; e “Lança-Chamas”, na década compreendida entre 1983 e 1993; programa que a emissora tenta encerrar por diversas vezes. Consegue-o em 1993, levando Sérgio o “Lança-chamas” para a Rádio Energia, onde termina definitivamente pouco depois.

Entre 1993 e 1997 António Sérgio dá voz ao programa de Blues “Grande Delta” na XFM. O fim da estação dita o regresso à Comercial, onde apresenta “As Horas”. Em simultâneo, na Best Rock FM faz” A Hora do Lobo”. A 14 de setembro de 2007 a nova gerência da Rádio Comercial dispensa o radialista, sob efusivo protesto dos ouvintes. Alegadamente, o seu programa de autor não se enquadrava na nova grelha, estruturada em playlists. O locutor ingressa então na Rádio Radar para realizar e apresentar “Viriato 25” e a rubrica “SOS Radar” até à sua morte, a 1 de novembro de 2009, de ataque cardíaco.
Em vida, António Sérgio viu a sua obra ser reconhecida publicamente variadas vezes e de formas diferentes mas não com tanta regularidade como seria justo. Em 1999 recebe um Globo de Ouro na categoria de rádio e em 2008, na comemoração de quatro décadas de trabalho dedicadas em exclusivo à música, é merecidamente considerado pela revista “Blitz” uma das 50 personalidades mais importantes da Música Portuguesa.

Durante o seu trajeto profissional ímpar António Sérgio trabalha ainda nas editoras Nébula, Nova (onde coproduz o álbum Música Moderna, dos Corpo Diplomático), Rossil (em que funda e dirige a subsidiária Rotação, lançando os Xutos & Pontapés com o single Sémen) e Música Alternativa. A edição era, com efeito, uma das suas paixões.

Enquanto jornalista escreve nos jornais “Blitz” (onde dirige o suplemento mensal “Manifesto”) e “Independente”. Em 2006 passa a fazer voz-off na SIC. É justamente considerado a nível nacional e internacional um dos mais influentes divulgadores de música Rock, Pop e Alternativa. Apesar de extremamente lisonjeiro, o epíteto de “John Peel português”, que muitos lhe atribuem, revela-se bastante redutor e limitador da sua originalidade e trabalho realizado.


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18 de dezembro de 2010

Phazer no Renhau-nhau


Depois de terem animado ontem o Live Caffé os Phazer prosseguem a promoção do álbum "Kismet" esta noite no Renhau-nhau na Costa da Caparica.

O evento tem inicio marcado para as 22 horas.

Com origem em 2004, os Phazer causaram grande surpresa no meio nacional com o Ep "Revelations". "Kismet", o álbum de estreia da banda resulta numa plena afirmação do valor da banda.

No Tribe: Tema em streaming e site oficial

Os No Tribe disponibilizaram o tema “Spiral Question” para streaming no myspace. O tema é parte integrante do EP “Primordial” editado pela banda em Setembro de 2009 e tem como objectivo dar a conhecer uma outra faceta da sonoridade do quinteto lisboeta.

A partir de hoje encontram-se online um novo espaço alusivo à banda, trata-se do seu site oficial que pode ser visitado no endereço http://www.notribe.tk. A banda sentiu a necessidade de criar um novo espaço online exclusivamente dedicado aos assuntos relacionados com a banda (como notícias, datas de concertos e espaço para audição dos temas da banda), contudo, continuaram disponíveis os habituais canais de comunicação nas redes sociais Myspace, Facebook e Twitter.

Entretanto, a banda prepara um novo trabalho que prevê editar em 2011.

Hoje em Corroios: Winter Club Fest com Destruction

Os thrashers Destruction marcam hoje presença no Cine-Teatro de Corroios integrando o cartaz do Winter Club Fest.

Além da lendária banda germanica integram o evento os Pitch Black, Prayers of Sanity e Adamantine.

Informação adicional em http://xuxajurassica.com/

15 de dezembro de 2010

Suffochate alteram designação

Os Suffochate alteraram a sua denominação para Survive The Wasteland, uma mudança que tem como base o facto de existirem outras bandas com o mesmo nome e ainda por a banda sentir que o antigo nome não identificar a actual personalidade da banda.

Entretanto a banda gravou nos SoundVision Studios (Vila do Conde) o single "Bringing Back The Death" que pode ser ouvido no mypace da banda e que em breve estará disponível para download.

Ligações: http://www.myspace.com/survivethewasteland

13 de dezembro de 2010

Os Animais

Dico

Para desgosto da minha família, no período final da segunda metade dos anos 80, entre 1987 e 1989, à semelhança de qualquer outro headbanger típico, eu trajava diariamente com calças justas de ganga elástica, t-shrits das minhas bandas favoritas e blusões de ganga (nunca cheguei a adquirir um de cabedal) ornamentados com dorsais, patches e crachás de grupos. Na altura, encontrava-me ainda a deixar crescer o cabelo. Seguindo a tendência da época, também não dispensava os ténis-bota (preferencialmente da Reebok, passo a publicidade), as pulseiras e cintos de bicos, anéis com caveiras e uma pesada corrente adquirida na loja de ferragens mais próxima, que pendia das calças em forma de “u”.

Este meu visual garantia-me sempre lugar disponível nos transportes públicos. Não só me sentava à primeira como o banco ao lado também ficava vago (não fosse eu estripar quem lá “ousasse” sentar-se). Se fosse uma mulher grávida ou um idoso certamente não teria tanta sorte. Onde quer que eu fosse, os transeuntes olhavam para mim (e para a generalidade dos headbangers) com um misto de terror, choque e repugnância. Sempre que recordo estes episódios vêem-me à memória os versos “quando ando pela rua toda a gente olha para mim, parece que me querem comer, e esta merda nunca mais tem fim” do clássico «Animais», dos Censurados.

O visual que adoptei assegurava-me, aliás (como a inúmeros outros fãs de Metal), o epíteto de “drogado” e “ladrão”. Certo dia fui mesmo acusado por um homem que viajava de pé ao meu lado num autocarro cheio de lhe ter roubado a carteira. Nada me enraivece mais do que a injustiça e a calúnia, pois além de sempre ter sido um pacato cidadão, orgulho-me da minha honestidade intransigente.

Na medida em que a minha forma de dizer “vão-se todos foder, seus anormais infelizes” aos preconceituosos e retrógrados com quem tenho a infelicidade de me cruzar sempre foi - e ainda é – chocá-los o mais possível, obrigando-os a enfrentar o que mais receiam ou detestam, acrescentei à minha indumentária uma cruz invertida, passando também a fazer-me acompanhar na rua por um leitor de cassetes que, alto e bom som, debitava estratégica e provocatoriamente músicas de bandas extremas. Recordo-me que os Blessed Death eram um dos meus grupos eleitos para o efeito, dada a indescritível gritaria vociferada pelo frontman.

De forma natural, no início dos anos 90 abandonei os ornamentos, passando a adoptar um visual minimalista: cabelo comprido, t-shirt ou sweat shirt pretas, calças justas de ganga elástica preta e os inevitáveis ténis-bota. Ainda assim, mantive o meu “lugar reservado” nos transportes públicos. Ao cruzarem-se comigo na rua, as pessoas preservavam a expressão de terror e repúdio que tão exemplarmente denunciava a sua ilimitada estupidez. Agora, devido à indumentária e aos meus longos cabelos, eram os epítetos de “paneleiro” e “drogado” que me atribuíam (sempre nas minhas costas, obviamente). Ora, nunca tendo eu duvidado da minha virilidade ou sequer fumado um charro (sim, é verdade), decidi ignorar esses “mimos”. Aos 21 anos fui obrigado a cortar o cabelo para arranjar emprego. Mais tarde, deixei-o crescer novamente e ainda mais.

Hoje, do alto meus 40 anos e da indumentária formal que envergo diariamente, continuo a ser descriminado pelo visual de outrora. Há tempos, em conversa sobre televisão com uma nova pessoa do meu círculo de conhecimentos, falei-lhe do meu gosto pelos programas “Miami Ink” e “LA Ink”, especializados em tatuagens, que me esforço por nunca perder, embora nunca haja tatuado o corpo. Horrorizada, a mulher, de apenas 32 anos (sim, não falo de uma velha retrógrada), expressou uma repugnância tal para com esta forma de arte e para com todos os que a ostentam no corpo que eu não podia acreditar. Há muito que não via uma demonstração de intolerância e discriminação social tão veemente.

Na sequência do tema, informei-a que já havia usado cabelo comprido e trajado a roupa típica do headbanger médio dos anos 80. Percebi o choque na expressão da mulher, que nem se esforçou por disfarçar. Perguntou-me então: “Como é possível? Ninguém diria. Vestes-te tão bem. Pareces tão pacato”.

No dia seguinte mostrei-lhe propositadamente várias fotos minhas dessas épocas (sendo uma delas a que ilustra este texto). Ansiava confrontá-la com a sua própria estupidez e preconceito. O choque foi ainda maior.

Incrédula, de olhos esbugalhados, era quase como se a mulher tivesse à frente imagens de cadáveres ou algo parecido. “Que horror” e “não é possível que já tenhas sido assim”. Falava como se de um abjecto serial killer se tratasse. E estas foram apenas algumas das frases que lhe saíram pela boca fora. Enquanto outras pessoas comentavam cordialmente o meu antigo visual, a outra mergulhava num mar de preconceito. Acabou por ser humilhada por mim e pelos restantes presentes, remetendo-se por fim ao silêncio. Que outra solução tinha?

Dico

10 de dezembro de 2010

Thee Orakle: Saida de guitarrista e gravações

Os transmontanos Thee Orakle encontram-se fase final da pré-produção do seu segundo trabalho de originais.

A banda optou pelas gravações de novo pelos UltraSoundStudios que iniciam em Janeiro do próximo ano, sobre a orientação do produtor Daniel Cardoso e o co-produtor Pedro Mendes.

Entretanto o guitarrista Romeu Dias deixou de integrar a banda pelo que já foi encontrado um substituto, cujo nome será divulgado pela banda em tempo oportuno.

Mais informações em:

8 de dezembro de 2010

Heavenwood assinam pela Listenable Records


Conforme são divulgadas informações sobre o registo que sucede a "Redemption", o último álbum dos portuenses Heavenwood, cresce a expectativa sobre o novo trabalho da banda.

Intitulado por "Abyss Masterpiece", a obra que vai ser editada pela editora francesa Listenable Records contará com os préstimos do produtor germânico Kristian " Kohle " Kohlmannslehner para a mistura e masterização nos Kohlekeller Studios. O álbum, sabe-se, que foi captado nos Ultrasound Studios e contou com posterior edição no Estudio 213 no Porto.

Kohlmannslehner é conhecido pelo seu trabalho com bandas como Crematory, Under Seige e Agathodaimon entre outras.

Sobre a editora, os monstram-se muito entusiasmados por integrar parte do catalogo de uma editora que inclui nomes como Gojira, Adagio e Immolattion.

"Eles têm demonstrado ao longo de todos estes anos ser uma editora muito trabalhadora, honesta com profissionais dedicados às suas bandas, e, acima de tudo, eles sentem, compreendem e acreditam na nossa música como nós próprios e esta parece ser a combinação perfeita para atingirmos os nossos objectivos. Estou muito confiante que com o seu envolvimento, ‘ Abyss Masterpiece ‘, o nosso álbum mais pesado, obscuro e intenso até à data, conduzirá os Heavenwood até uma nova e gloriosa etapa na sua carreira" afirma Ernesto Guerra, vocalista dos Heavenwood.

O novo longa-duração dos Heavenwood foi composto juntamente com o Orquestrador Sinfónico Russo Dominic G. Joutsen e irá contar com a participação especial de Miriam Renvag dos Noruegueses RAM-ZET no tema "Leonor".

Eis a tracklist de "Abyss Masterpiece":

The Arcadia Order
Fading Sun
Like Yesterday
Winter Slave
September Blood
Sudden Scars
A Poem For Mathilde
Leonor
Burden
Goddess Presiding Over Solitude
Morning Glory (In Manus Tuas Domine)
Her Lament

Ligações:

http://www.kohlekeller.de
http://www.myspace.com/heavenwood
http://www.listenable.net

3 de dezembro de 2010

Vagos Open Air III

Morb Angel
Foram dados a conhecer os dois primeiros nomes que vão integrar o cartaz da terceira edição do Vagos Open Air que terá lugar nos dias 5 e 6 de Agosto.
Assim sendo, Morbid Angel e Tiamat são as duas bandas anunciadas que por si são garantias de mais um grande evento.
Os bilhetes custam 30,00 euros (diário) e 50,00 euros (passe dois dias) e serão postos brevemente à venda nos locais habituais. A partir do dia 6 de Dezembro será colocada à venda uma primeira edição especial de 500 passes que inclui oferta de T-shirt oficial do festival.

Ligação: http://www.vagosopenair.eu/

Tiamat