O que tu me fizeste é pior do que dar o pão ao faminto e voltar a tirá-lo da
sua boca!
Farta de encantos e encantadores, estou eu que já não reconheço a carne que
deseja nem a alma que ama.
É tudo uma grande farsa, daquelas ilusões baratas que já nem as crianças
acreditam: mas eu acreditei!
Pediste e eu dei: e dei mesmo quando não me pediste - que parva que eu sou.
Deste e depois tiraste e agora foges e foges com medo de me enfrentar:
cobarde do mais reles que há! Pois há!
O que tu me fizeste! Mais valia teres-me fechado com a porta na cara:
"BAM!" num só gesto: puro, cru e duro - mas sempre mais bondoso do
que deixar arrastar as incertezas: no nada, porque já nada resta!
Cobarde! És só mais um cobarde que se deve achar o mais valente de todos -
haja um pingo de dignidade, cobarde!
Mas de ti mais nada espero! De um cobarde só a cobardia se pode esperar:
lamento, mas nem isso de ti espero.
FG.
(Raiva escrita ao som de Children Of Bodom - "In Your Face" )
0 comentários:
Enviar um comentário