7 de outubro de 2011

O Cobarde.


O que tu me fizeste é pior do que dar o pão ao faminto e voltar a tirá-lo da sua boca!

Farta de encantos e encantadores, estou eu que já não reconheço a carne que deseja nem a alma que ama.

É tudo uma grande farsa, daquelas ilusões baratas que já nem as crianças acreditam: mas eu acreditei!

Pediste e eu dei: e dei mesmo quando não me pediste - que parva que eu sou.

Deste e depois tiraste e agora foges e foges com medo de me enfrentar: cobarde do mais reles que há! Pois há!

O que tu me fizeste! Mais valia teres-me fechado com a porta na cara: "BAM!" num só gesto: puro, cru e duro - mas sempre mais bondoso do que deixar arrastar as incertezas: no nada, porque já nada resta!

Cobarde! És só mais um cobarde que se deve achar o mais valente de todos - haja um pingo de dignidade, cobarde!

Mas de ti mais nada espero! De um cobarde só a cobardia se pode esperar: lamento, mas nem isso de ti espero.


FG.

(Raiva escrita ao som de Children Of Bodom - "In Your Face" )

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